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Diagrams é indie sem medo de ser pop

Fernando Kaida

Sam Genders, líder do Tunng, deixa de lado a mistura de folk e eletrônica intimista da banda para abraçar o pop escancarado na estreia de seu projeto Diagrams.

O disco ''Black Light'' foi lançado no começo do mês e já figura entre meus favoritos deste começo de ano. As canções reúnem loops eletrônicos, melodias grudentas, algumas batidas dançantes, efeitos quase infantis de sintetizadores e instrumentos acústicos. Tudo permeado por uma leve queda pela experimentação.

Algumas das músicas me fazem lembrar das produções de Gruff Rhys fora do Super Furry Animals, especialmente pelo vocal semelhante dos dois cantores. ''Black Light'' tem ainda algo de Tom Vek ou mesmo Hot Chip em faixas que variam de ritmo e clima.

As nove canções passam pelo pop singelo e contemplativo de ''Ghost Lit'', pelo indie rock quebrado de ''Appetite'' e ''Antelope'', e pela eletrônica dançante de ''Tall Buildings''. Uma das minhas favoritas atualmente é a que dá nome ao disco, com o refrão perfeito para cantar junto e uma levada que remete a The Cure.