Mexicano Rebolledo coloca sabor novo e calor em eletrônica oitentista com “Super Vato”
Fernando Kaida
O Cómeme, fundado pelos produtores Matias Aguayo e Gary Pimiento, é meu selo favorito de música eletrônica hoje. Não por acaso, dois artistas do catálogo da gravadora, Daniel Maloso e Rebolledo, são responsáveis por duas das faixas que mais ouvi nos último ano: “Discoteca Cavernícola” e “Amigos Cómeme”, respectivamente.
Depois de alguns singles, o mexicano Rebolledo lançou agora pelo Cómeme seu primeiro álbum, “Super Vato”, no qual cria uma fórmula simples para misturar elementos e temperaturas de diferentes estilos dançantes, entre eles os “frios” synthpop, EBM e tecno, e os “quentes” funk e música latina. A sonoridade da eletrônica mais pesada dos anos 80 aparece por todo o disco, em batidas e timbres de teclados, mas sem soar como mera emulação do que foi feito antes. Rebolledo é um dos poucos que conseguem modernizar essas influências deixando-as realmente com um sabor novo.
Para o álbum, o produtor contou com a colaboração de amigos da Cómeme, como Aguayo, Diegors e Phillip Gorbachev, em diversas faixas, o que também faz de “Super Vato” um bom cartão de visita ao universo do selo.
A variedade de ritmos e melodias em músicas como “Positivismo”, Super Vatos”, “Steady Gear Rebo Maschine”, “La Pena” e “Corvette Ninja” tornam o disco mais interessante a cada vez que o coloco para tocar. Não é algo que acontece com muita frequência com álbuns de eletrônica de um único artista, já que normalmente prefiro os singles.
Ouça duas faixas de “Super Vato”.
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Abaixo, dois clipes de singles anteriores de Rebolledo.
“Pitaya Frenesí”
“Guerrero”