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O industrial pop japonês do Jesse Ruins
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Fernando Kaida

Feliz Ano Novo! Normalmente o começo do ano é fraco de lançamentos, então neste mês vou intercalar alguns discos do final do ano passado com coisas mais antigas que merecem ser ouvidas por mais pessoas.

O primeiro post de 2012 no Pop Link traz a dupla japonesa Jesse Ruins, cujo primeiro single foi lançado nos últimos dias de 2011 pelo selo Double Denim. A banda formada por Nobuyuki Sakuma e Nah faz em “A Bookshelf Sinks Into The Sand” uma mistura surpreendente de eletrônica industrial e pop. Batidas pesadas e dançantes que lembram nomes como Test Dept. ou Front 242 dividem espaço com  teclados melodiosos.

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Na outra faixa do single, “In Icarus”, a dupla se aprofunda no lado mais pop com uma espécie de funk etéreo por conta das batidas quebradas e vocal feminino que plana sobre a canção.

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A dupla assinou recentemente com o selo de Nova York Captured Tracks, por onde deve lançar um EP nas próximas semanas e o primeiro álbum ainda neste ano.


Líder do Hold Steady em carreira solo
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Fernando Kaida

Craig Finn, líder da grande banda The Hold Steady, vai lançar em janeiro seu primeiro disco solo, “Clear Heart Full Eyes”.

O primeiro single já está disponível. A canção “Honolulu Blues” é um pop rock de primeira, direto ao ponto, e segue a linha sonora da banda principal do músico. No lado B, “Rented Room” tem uma levada mais tranquila e não será incluída no disco.

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The Sharp Tongues coloca frescor no bom e velho rock com primeiras canções
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Fernando Kaida

Uma cantora e guitarrista canadense à frente de gêmeos britânicos no baixo e bateria tocando juntos em Londres há cerca de um ano. Esse é o The Sharp Tongues, que acaba de lançar o single de estreia.

“So Old” e “I Found Love” são canções que bebem no punk setentista de melodias pop, no rock de garagem e no indie rock norte-americano dos anos 90. Não têm novidade alguma. São apenas boas e frescas o suficiente para você ouvir sem parar e se divertir durante alguns dias. Como diz o clichê: “It’s only rock’n’roll, but I like It”.

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O trio lançou o single em compacto de vinil branco, limitado em 300 cópias, e em versão digital. Não encontrei muita informação sobre a banda além do que já está neste post, o que é até bom para criar uma expectativa sobre o que está por vir por aí. Ouça e descubra sua nova banda favorita da semana.

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Meninas do Woowoos unem pop vocal com herança do trip hop
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Fernando Kaida

Três garotas inglesas formam a banda pop Woowoos, que acaba de lançar o primeiro single, “Fizzy Letuce”, pelo cultuado selo indie Moshi Moshi Records.

A canção mistura o vocal pop das garotas com uma base eletrônica arrastada, de ramificações no trip hop dos anos 90 e do lado mais pop do dubstep atual. Algo como um Sugababes ou All Saints cantando com Tricky ou Massive Attack no começo de carreira.

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A outra faixa do single é “Life For Me”, que vem com uma batida um pouco mais animada e menos nebulosa que o lado A. Até agora, o Woowoos mostra que faz o tipo de pop que gruda de primeira.

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O trio tem na formação a atriz inglesa Tasie Dhanraj, da série adoslecente “Mistério de Anubis”, do canal pago Nickelodeon, e atualmente trabalha no primeiro álbum, com lançamento previsto para 2012.


Zulu Winter estreia com single de pop rock climático
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Fernando Kaida

Formado há cerca de um ano, o Zulu Winter chegou em novembro ao primeiro single, com as músicas “Let’s Move Back to Front” e “Never Leave”.

O disco lançado pela Double Denim Records é a primeira amostra do pop atmosférico que o quinteto baseado em Londres busca em suas canções. Entre as influências assumidas pelos músicos estão nomes como Portishead, Caribou e Beach House. As músicas climáticas são centradas nas guitarras do pop rock e elementos percussivos do afro pop.

Zulu WInter – “Let’s Move Back to Front”

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O grupo toca a carreira sem afobação. Os primeiros shows só vieram em junho, cerca de seis meses depois de ensaios. O primeiro single só saiu meses depois, e o álbum é planejado para abril do ano que vem. Fique de olho.

 


Canções de Nora Dean são tesouro pouco conhecido do reggae
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Fernando Kaida

A gravadora inglesa Trojan Records lançou recentemente mais um volume da série de compactos com faixas raras de artistas de reggae, ska e variações jamaicanas. Dessa vez, o disco traz duas gravações feitas para o produtor Harry Johnson.

O destaque é a versão de Nora Dean para “Mama”, que tem agora seu lançamento oficial, quase 40 anos depois de gravada. Além da versão em vinil, a faixa foi incluída na caixa “The Story of Trojan Records”, também deste ano.

Em 1973, a cantora gravou “Mama” para dois produtors jamaicanos, Johnson e Bunny Lee. Apesar da versão para o primeiro ter sido gravada antes, foi o segundo quem se adiantou no lançamento. Com a boa recepção do single de Bunny Lee na Jamaica e Inglaterra, a gravação feita para Harry Johnson foi engavetada.

Nora Dean – “Mama” (Harry Johnson version)

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Nas duas versões, Nora Dean canta sua composição sobre a base conhecida como “Liquidator”, uma faixa originalmente instrumental gravada pelo grupo Harry J All Stars e que já foi utilizada em várias outras canções de reggae.

O importante é que, com o single novo da Trojan, mais uma canção de Nora Dean é relançada. Pouco conhecida e com uma discografia modesta para os padrões jamaicanos, a cantora é um dos tesouros do reggae. As canções gravadas por ela nas décadas de 1960 e 70 são verdadeiras pérolas, daquelas capazes de conquistar até quem torce o nariz para o ritmo da ilha caribenha.

Dean fez parte dos grupos vocais The Ebony Sisters, The Soul Sisters e The Soulettes, mas é sua produção solo que se destaca. Sua música mais conhecida é “Barbwire”, mas é “Angie La La” que fez dela uma de minhas cantoras favoritas. Uma faixa psicodélica que soa como nenhuma outra.

O único álbum da cantora, “Play me a Love Song”, foi lançado em 1979. Nenhum dos singles faz parte do disco, que tem um direcionamento mais pop, com algumas baladas e um cover torto de “Suspicious Minds”, clássico de Elvis Presley. Como apenas uma tiragem foi feita do vinil, é raro encontrá-lo à venda, mas dá para baixar por aí. A imagem que ilustra o post foi tirada da capa do LP.

Nora Dean – “Caught in a Trap”

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Na década de 1980, a cantora converteu-se ao cristianismo e deixou o reggae de lado para gravar apenas discos religiosos.  No site dedicado à cantora, a informação mais recente, de 2010, dá conta de que Nora Dean estava com a saúde debilitada após sofrer um derrame.

Ouça abaixo a versão de “Mama” gravada para o produtor Bunny Lee, lançada em 1973.

 

Nora Dean – “Angie La La”

 

No lado B do compacto lançado pela Trojan está a instrumental “Natty in Hong Kong”, do grupo Soul Syndicate.


Louise Rutkowski é o anjo sonhador em canção do projeto Waves on Canvas
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Fernando Kaida

Para o primeiro single do Waves on Canvas, o compositor italiano Stefano Guzzetti convidou a escocesa Louise Rutkowski para assumir o vocal de “Angel”.

A faixa, lançada agora, é o encontro da voz angelical de Rutkowski com a base orquestral delicada e sonhadora criada por Guzzetti. No lado B do single, “Angel” é remixada pelo produtor John Fryer e ganha batidas eletrônicas que tranformam a original em uma espécie de dub apocalíptico.

Waves on Canvas – “Angel”

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A colaboração entre os músicos remete de imediato ao This Mortal Coil, o influente projeto de dream pop e gótico idealizado por Ivo Watts-Russell, dono do selo 4AD, e John Fryer. Entre 1984 e 91, o grupo lançou três álbuns e três EPs. Coincidentemente, a discografia do grupo acaba de ser relançada em uma caixa pela 4AD.

Cada um dos álbuns trazia vocalistas convidadas nas composições próprias e diversos covers que o projeto gravou. Além de Rutkowski, participaram do This Mortal Coil nomes como Elizabeth Fraser, Lisa Gerrard, Kim Deal e Tanya Donelly.

This Mortal Coil – “Tarantula”

Anos depois do This Mortal Coil, Louise Rutkowski cantou no primeiro disco do Hope Blister, também projeto de John Fryer, “Smile’s OK”, de 1998. A partir daí, manteve uma carreira bissexta, com um EP em 2001, uma faixa nova no começo deste ano e agora a colaboração com Stefano Guzzetti.

O álbum do Waves on Canvas deve ser lançado no ano que vem pela Psychonavigation Records e terá a participação de integrantes de bandas como Pale Saints, Xymox e Cluster.

 


Cold Specks é a voz sofrida de Al Spx
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Fernando Kaida

Cold Specks é a cantora canadense Al Spx, de 23 anos, agora baseada em Londres e  com o primeiro single solo lançado há pouco.

O que faz o Cold Specks especial é a voz de Spx, que nos leva imediatamente para algum lugar dos Estados Unidos no começo do século 20 assim que começam a tocar “Holland” e “Old Stepstone”.

Inspiradas no blues e gospel norte-americano, as canções são minimalistas, cruas e carregam uma certa tristeza. Algo que a canadense descreve como “doom soul”.

Em “Holland”, Spx é acompanhada por violão, cordas e percussão. Já “Old Stepstone” é apenas a voz de Al Spx, que soa sofrida como uma veterana. E, pelo menos por enquanto, é o que basta para gostar do Cold Specks. Resta esperar pelo primeiro disco.

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A cantora esteve recentemente do programa inglês “Later With Jools Holland”, onde cantou “Old Stepstone” ao vivo.


A beleza dissonante do Trailer Trash Tracys
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Fernando Kaida

Trailer Trash Tracys é um quarteto de Londres que se prepara para lançar o primeiro disco, “Ester”, em janeiro de 2012.

Pelo single lançado recentemente, com as canções “You Wish You Were Red” e “Engelhardt’s Arizona”, o álbum de estreia da banda já é uma das novidades para se ficar de olho no começo do ano que vem.

As músicas do single possuem uma beleza dissonante, com elementos que aparentemente não se misturam bem, mas que juntos resultam num clima envolvente.

“You Wish You Were Red” é marcada pela linha de baixo e o vocal etéreo e sensual da cantora Suzanne Aztoria. Já “Engelhardt’s Arizona” exemplifica bem a dissonância da banda, na qual a melodia e vocal pop casam bem com o noise de guitarra que permeia a canção.

[uolmais type=”audio” ]http://mais.uol.com.br/view/12323275[/uolmais]

 

[uolmais type=”audio” ]http://mais.uol.com.br/view/12323277[/uolmais]


Friends lança canções pop contagiantes, mas funciona melhor só com a música
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Fernando Kaida

Mais uma banda nova a sair do Brooklyn, Nova York, o Friends lançou há pouco um dos singles mais contagiantes dos últimos meses.

“I’m His Girl” é um funk pop grudento de vocal feminino quase falado. Remete ao som de nomes nova-iorquinos dos anos 80, como ESG, Tom Tom Club e ao hit “Rapture”, do Blondie. Entre os contemporâneos, pode ser colocado próximo do Phenomenal Handclap Band. É música de festa e diversão para tocar sem parar.

A outra faixa do single, “My Boo”, é um cover do hit do grupo de electro funk e miami bass dos anos 90 Ghost Town DJs. A versão mantém a batida dançante da original, mas tira o batidão grave e coloca mais elementos atuais, como teclados e percussão.

As duas canções são viciantes e fazem do Friends daquelas bandas que se tornam favoritas por alguns dias. Só acho que o grupo funciona melhor só em áudio, já que o clipe de “I’m His Girl” é tão cheio de referências hipsters que mal consigo ver até o fim sem cansar. Veja logo abaixo e tire suas conclusões.

Friends: “My Boo”

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Friends: “I’m his Girl”