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Arquivo : agosto 2011

Covers novos de R.E.M. e Boy George
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Fernando Kaida

Direto ao ponto, dois bons covers lançados recentemente como lados B de singles.

O grupo inglês Let’s Wrestle coloca gás indie pop na balada oitentista “The One I Love”, do R.E.M..

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No player abaixo, a dupla Cat’s Eyes, formada pelo roqueiro inglês Faris Badwan, do The Horros, com a soprano canadense Rachel Zeffira, faz uma versão estilosa para “The Crying Game”, sucesso de Boy George.

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Fernando Kaida

O termo blue eyed soul surgiu na década de 1960 para descrever a música de artistas brancos influenciados pelo r&b clássico e soul music.

A essas influências, os músicos adicionavam elementos de country, jazz, soft rock e até disco music, já na década de 70. Entre os nomes mais conhecidos estão The Rascals, Hall & Oates, Boz Scaggs e  Tony Joe White.

Uma parte do blue eyed soul, repleta de artistas pouco conhecidos e discos perdidos na história, está agora facilmente disponível na compilação “Americana: Rock Your Soul – Blue Eyed Soul and Sounds From The Land of The Free”.

Dois colecionadores ingleses uniram as preciosidades de suas coleções e pinçaram 16 faixas que melhor representam o espírito do estilo, que nos Estados Unidos também é conhecido pelo péssimo termo AOR (sigla em inglês de rock voltado para os adultos).

São canções e artistas desconhecidos até para quem é familiarizado no assunto. Os próprios organizadores da compilação não oferecem muita informação a respeitos de alguns dos nomes presentes, como Babadu e Midnight Flyer.

A sequência de músicas em “Americana” cria um clima relaxado, perfeito para dias ensolarados. As canções me pegam pelas harmonias, arranjos e o ritmo meio preguiçoso, de fim de tarde de verão.

Essas características são o fio condutor da seleção, que tem faixas que puxam para o soul e r&b, como “Can’t Hide Love”, de Jaye P. Morgan, e “My Girl Friday”, de Lil’ Albert; funk e disco, em “I’ve Got The Fellin”, de James Walsh Gypsy Band, e “Just For You”, do 1619 Bad Ass Band, além de soft rock e country em “A Little More Time”, de Michael Killen .

Reúna os amigos em uma tarde de sol, coloque “Americana” para tocar e aproveite a vida.

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Produtor aproxima Amy Winehouse do dubstep
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Fernando Kaida

O produtor de música eletrônica Ifan Dafydd lançou recentemente seu primeiro single, com as músicas “No Good” e “Miranda”.

Quase não há informação disponível sobre quem é Dafydd. O pouco que se sabe dá conta que “No Good” foi tocada pela primeira vez no começo do ano, no programa do DJ Gilles Peterson, na Radio 1 da BBC, que nada disse sobre o artista. Além disso, só especulações de que seria um pseudônimo de James Blake ou um galês amigo do produtor. Nada disso confirmado, como tem sido comum com nomes do dubstep recente, como Hype Williams.

O fato é que “No Good” já é uma das faixas do ano. Traz sample de “You Know I’m no Good”, de Amy Winehouse, sobre uma base quebrada e climática. Para quem gosta de James Blake, Burial e similares, é certeiro.

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A delicadeza melancólica do Widowspeak
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Fernando Kaida

Uma das minhas músicas favoritas atualmente é “Gun Shy”, do grupo norte-americano Widowspeak.

Imagine Hope Sandoval, do Mazzy Star, cantando com o Calexico, sem os instrumentos de sopro. É por aí que anda “Gun Shy”, uma balada que remete ao entardecer nos desertos californianos. O single em vinil traz no lado B a versão da banda para “Wicked Game”, de Chris Isaak.

É por causa de bandas como o Widowspeak e canções como “Gun Shy” que sou entusiasta dos singles. Duas faixas próximas da perfeição em um pedaço de plástico e sua capa. É disso que vivem os fetiches.

“Gun Shy” também está no primeiro disco do trio, “Widowspeak”, lançado no começo de agosto. Se você gosta de Cat Power, Mazzy Star, indie pop e alt-country, não deixe de ouvir.

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“Girls on Medication” é para ouvir, curtir e esquecer
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Fernando Kaida

Caged Animals é mais um nome a sair do Brooklyn, em Nova York, que bebe na fonte do indie pop e shoegaze. Melodias grudentas e guitarras (levemente) distorcidas sobre um vocal suave.

“Girls on Medication”, primeiro single da banda, é uma canção deliciosamente grudenta e descartável em seus menos de três minutos. Vale para ficar viciado por uma semana, esquecer por um tempo e depois voltar a ela de vez em quando.

Em meados de setembro vai ser lançado o segundo single. E no final do mesmo mês, chega às lojas o disco “Eat Their Own”, que foi lançado pelo grupo liderado por Vincent Cacchione originalmente em 2010 apenas em cassete. Independente mesmo.

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The Rapture de volta com disco e remix
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Fernando Kaida

A banda norte-americana de rock e eletrônica The Rapture –do hit “House of Jealous Lovers, de 2002– vai lançar no começo de setembro o disco “In The Grace of Your Love”, pela DFA Records. Uma das faixas do álbum é  “How Deep is Your Love?”, single que  já ganhou remix do Emperor Machine, lançado em vinil no começo de agosto.

O grupo norte-americano de produtores Populette fez agora um outro remix da música, que vai chegar às lojas em breve. Ouça abaixo a versão original de “How Deep is Your Love?” e o remix do Populette.

O remix também pode ser baixado de graça no blog da apresentadora de rádio e DJ inglesa Annie Mac.

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A aventura californiana da Motown
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Fernando Kaida

Um pedaço saboroso e pouco conhecido da música negra norte-americana ganha o devido reconhecimento agora, 40 anos depois de ter acontecido. Entre 1971 e 1973, a gravadora de soul music Motown teve uma espécie de irmã na costa oeste dos Estados Unidos, a Mowest. “Our Lives Are Shaped by What We Love: Motown’s Mowest Story – 1971-1973” é a primeira compilação da gravadora e acaba de ser lançada pelo selo Light in The Attic.

No final de década de 1960, Berry Gordy Jr., fundador da Motown, então já estabelecido como um dos principais selos de soul do país, decidiu sair da industrial Detroit e se aventurar em direção à ensolarada Califórnia em busca de novos artistas e sucessos.

Durante sua breve existência, a Mowest lançou cerca de 40 singles e mais de 10 álbuns de artistas de soul, r&b e funk. O sucesso de nomes já consagrados da Motown, porém, deixou os artistas da gravadora-irmã com menos promoção por parte da empresa. Com isso, ficou mais difícil para a Mowest divulgar seu catálogo, e os hits não apareceram.

Após o fim do selo, em 1973, nomes mais populares, como Thelma Houston e The Commodores, foram absorvidos pela Motown, enquanto muito outros ficaram esquecidos ou restritos a um círculo de iniciados. Até agora.

Ouça abaixo duas faixas de “Our Lives Are Shaped by What We Love”. A primeira é a música que dá nome ao disco, com o grupo Odyssey. A segunda, um dos sucessos da Mowest, “The Night”, com o veterano Frankie Valli & The Four Seasons.

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O misterioso The Majnoons
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Fernando Kaida

The Majnoons é uma banda inglesa que acaba de lançar o segundo single, com as músicas “All Day Long” e “All Love Hate”. O compacto em vinil é limitado em 250 cópias e traz um DVD com músicas e clipes de outros artisas do selo DLC Records.

Cada um dos singles vem embalado em uma espécie de envelope amarelo com o nome do grupo carimbado, no melhor estilo do-it-yourself.

O grupo não tem site próprio, pefil no MySpace, Facebook ou qualquer outra opção de divulgação online. Apenas a página da gravadora traz o mínimo de informações sobre o Majnoons, que o próprio release não deixa claro se são verdadeiras ou não.

Parece bobagem, mas em uma época em que é mais fácil encontrar qualquer informação sobre uma banda antes mesmo de ouvir sua música, uma estratégia como a do Majnoons –que pode ser puro marketing ou apenas timidez mesmo– faz com que eu me interesse mais pela banda.

Musicalmente, o single segue a fórmula de misturar pop rock com um baixo de levada funk e vocais meio cantados, meio falados. Uma espécie de Kasabian lo-fi com Freak Power. Divertido para tocar no começo de uma festa. Ouça no player abaixo e diga o que acha.

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O som do computador mágico
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Fernando Kaida

Entre as aulas na universidade e trabalhos como designer gráfico e DJ, a norte-americana Danielle, de 21 anos, resolveu fazer música em sua casa para ocupar o tempo livre.

Assim nasceu o Computer Magic, mais um dos milhares de projetos independentes que em inglês são definidos de maneira perfeita como “bedroom music”, ou seja: música feita por jovens com computadores e instrumentos eletrônicos em seus próprios quartos.

Danielle já lançou dois singles em vinil e formato digital e frequentemente coloca no site do Computer Magic produções novas para download grátis.

Ouça abaixo duas faixas do Computer Magic. A primeira, “The End of Time”, foi lançada recentemente em compacto de vinil. A segunda é uma versão para “(Just Like) Starting Over”, de John Lennon, que pode ser baixada de graça no site do Computer Magic.

Em tempo: o tal computador de Danielle chegou ao fim. A cantora faz em seu blog uma campanha entre os fãs para levantar fundos para poder comprar outro.

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Belle & Sebastian na pista
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Fernando Kaida

Um dos motivos que me fizeram gostar do Belle & Sebastian no começo da carreira da banda, lá no final da década de 1990, foi o fato dos escoceses lançarem diversos singles e EPs com material que não estaria em álbuns. Até hoje, algumas das minhas canções favoritas do grupo estão nesses singles.

Foi então com animação que recebi a notícia de que o Belle & Sebastian lançaria em julho um single apenas em vinil e MP3 da música “Come on Sister”, tirada do disco mais recente, “Write About Love”. E dessa vez, um disco com remixes, coisa bastante rara na discografia da banda.

“Come on Sister” traz a faixa “I Didn’t See it Coming” remixada pelo produtor inglês Richard X (Kylie Minogue, Sugababes) e pela banda norte-americana de eletrônica Cold Cave. O disco tem ainda a faixa-título retrabalhada pelo produtor Tony Doogan e a canção “Blue Eyes of a Millionaire”.

O destaque do single é o remix de Richard X, que mostra um lado festeiro que sempre achei meio adormecido no Belle & Sebastian, ainda mais nos últimos anos, nos quais a banda parece cada vez mais solta e menos tímida. A base totalmente dançante criada pelo produtor combinado ao vocal delicado da cantora Sarah Martin levou o grupo escocês ao terreno de outro ícone do pop independente britânico: o Saint Etienne.

Que a partir de agora o Belle & Sebastian assuma de vez essa faceta pop para as pistas, ainda que apenas em remixes.

Ouça no player abaixo o remix de Richard X para “I Didn’t See it Coming”

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