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Arquivo : janeiro 2012

“Anthology” resgata som do Throwing Muses para antigos fãs e nova geração de ouvintes
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Fernando Kaida

Existem bandas que têm mais compilações do que discos de estúdio. E existem bandas que demoram quase 30 anos para lançar a primeira retrospectiva de carreira. Nesse segundo grupo está o Throwing Muses.

A banda norte-americana lançou no final do ano passado o apropriadamente intitulado “Anthology”, cuja edição de luxo reúne 43 canções da carreira. Há ainda uma versão simples, com 21 músicas. O disco duplo traz singles, faixas de discos de estúdio e material menos conhecido, como lados B. A versão simples traz as canções mais conhecidas.

É a melhor maneira de ser apresentado ou voltar a ouvir uma banda fundamental do começo do indie rock norte-americano, quando era conhecido também como college rock.

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O Throwing Muses foi o primeiro grupo dos Estados Unidos a assinar com a cultuada gravadora inglesa 4AD, em meados da década de 1980, e foi um dos primeiros liderados por duas cantoras e guitarristas — as meio-irmãs Kristin Hersh e Tanya Donelly– a ganhar destaque.

A música do grupo era marcada por uma certa dissonância nas canções, com variações de andamento, guitarras angulares, alternância entre os vocais de Hersh e Donelly, boas melodias pop e a bateria única de David Narciso.

Sempre achei o tipo de som que não conquista de imediato, é preciso ouvir algumas vezes até que cresça para então ficar marcado no ouvinte. Para mim, “Anthology”  serviu para lembrar de que há algumas canções do Throwing Muses que estão entre minhas favoritas, mesmo após anos sem as escutar. Uma delas é “Fish”, lançada originalmente em 1987 apenas na compilação “Lonely Is an Eyesore”, da 4AD, e incluída agora na coletânea.

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O primeiro álbum do grupo, “Throwing Muses”, foi lançado em 1986 originalmente apenas na Inglaterra. Após o quarto disco, “The Real Ramona”, de 1992, Tanya Donelly deixou a banda para tocar com as Breeders e, posteriormente, formar o Belly. Foi o fim da formação clássica da banda, a melhor fase em minha opinião. Kristin Hersh também mantém uma carreira solo desde meados da década de 90, e formou em 2004 o 50 Foot Wave com o baxista do Muses, Bernard Georges.  O maior hit de sua carreira solo é a canção “Your Ghost”, dueto com Michael Stipe, incluída no disco “Hips and Makers”, de 1994.

O disco mais recente do Throwing Muses é o homônimo lançado em 2003. O grupo, liderado por Hersh e com formação nova, se prepara para lançar neste ano o próximo álbum de estúdio, gravado com a ajuda financeira dos fãs.

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Um pouco de doçura pop com When Nalda Became Punk
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Fernando Kaida

Já faz tempo que a Espanha mantém uma produtiva e saborosa cena indie pop, graças a selos como Elefant, Siesta e Jabalina, e bandas como La Casa Azul, Me Enveneno de Azules, Vacaciones, Band à Part e tantos outros.

E o trio When Nalda Became Punk está entre os favoritos recentes aqui no blog, tudo por conta do single que leva o nome do grupo, lançado pelo selo inglês Pebble Records.

“When Nalda Become Punk” tem tudo que uma boa música indie pop precisa: bateria acelerada, tecladinhos fuleiros, melodia grudenta e letras românticas cantadas por uma garota.

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Como entrega o nome, banda e single são carregados de influência punk, então não é surpresa que a outra faixa tenha como título o mote “DIY” (sigla de faça-você-mesmo), que desacelera o ritmo sem perder a doçura jamais.

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Na internet dá pra ouvir outras canções mais antigas do grupo, entre elas a divertida “Moderns, You Should Stay at Home”.


Citizens! faz pop eletrônico produzido por cantor do Franz Ferdinand
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Fernando Kaida

Citizens! é um quinteto inglês que faz pop eletrônico dançante e se prepara para lançar o primeiro disco no começo deste ano. A primeira amostra do álbum é o single “True Romance”, lançado pela Kitsuné Records, selo francês especializado na nova geração do pop que mescla indie, rock e eletrônica voltada para as pistas.

Single e álbum foram produzidos por Alex Kapranos, cantor e guitarrista do Franz Ferdinand. A versão original de “True Romance” é ótima para aquecer uma festa, com os BPMs na medida certa para começar a dançar. O lado B do single em vinil traz um remix do projeto Populette, que dá um sabor mais festeiro ainda à faixa. Já a versão digital traz outros três remixes.

A Rádio UOL já tem o single “True Romance” para ser ouvido online. Clique aqui para ouvir.

Outra das faixas do primeiro disco é “Know Yourself”, de levada mais preguiçosa, entre o chillwave e o balearic. Ouça no player abaixo.

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Whales in Cubicles aposta no indie rock clássico em single de estreia
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Fernando Kaida

Se você gosta de canções marcadas pela dinâmica entre momentos tranquilos e a explosão do refrão com bateria pesada e guitarras altas, o single de estreia do Whales in Cubicles é perfeito.

“We Never Win” reúne influências de nomes do indie rock norte-americano dos anos 90, como Sebadoh, e inglês, como o Razorlight.

O Lado B, “Never and Ever”, segue a mesma linha sonora e certamente vai conquistar fãs saudosos do indie rock clássico. Lançado pelo selo inglês Young and Lost Club, o single garante boa diversão por alguns dias, como deve ser.

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Aposta para 2012, Michael Kiwanuka começa o ano com músicas novas
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Fernando Kaida

Com apenas dois singles, o inglês Michael Kiwanuka foi uma das revelações do ano passado. Graças a belas canções acústicas e introspectivas, como “I’m Getting Ready” e “Tell me a Tale”, o cantor virou uma das principais apostas para 2012, quando chegará o primeiro disco.

E o músico de 24 anos começou o ano com tudo. Lançou no começo de janeiro seu terceiro single, o ótimo “Home Again”, com mais três músicas que mesclam influências do soul e folk.

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Na semana passada, Kiwanuka liderou a lista “Sound of 2012″, pesquisa promovida pela BBC para revelar as promessas musicais para o ano.

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Em 26 de março, chega às lojas o disco de estreia, também chamado “Home Again”. Vai ser a deixa para que Michael Kiwanuka deixe as listas especializadas para ganhar mais espaço e, quem sabe, confirmar a previsão para este ano.


Ator John C. Reilly mostra faceta de músico em gravações para selo de Jack White
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Fernando Kaida

Ator norte-americano John C. Reilly, de filmes como “Precisamos Falar Sobre Kevin”, “O Aviador” e “Gangues de Nova York”, mergulhou no country e blues tradicionais em dois singles lançados recentemente.

Reilly mostra sua faceta de cantor e instrumentista em dois projetos do selo Third Man Records, capitaneado por Jack White.

No primeiro deles, John and Tom, o ator e o músico folk Tom Brosseau interpretam duas canções gravadas originalmente pelo grupo de country tradicional dos anos 40 e 50 The Delmore Brothers, “Gonna Lay Down My Old Guitar” e “Lonesome Yodel Blues #2″.

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No outro single, John C. Reilly aparece ao lado da cantora Becky Stark, do grupo pop rock de tendência hippie Lavender Diamond, nas canções “I’ll Be There If You Ever Want” (Ray Price) e “I’m Making Plans” (Dolly Parton e Porter Wagoner).

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Nas gravações, Reilly e parceiros são acompanhados por uma banda que conta com Jack White na bateria e percussão e as integrantes do grupo de rock The Black Belles Olivia Jean e Fats Kaplin.

Os lançamentos fazem parte da coleção conhecida como “blue series”. Artistas de passagem por Nashville –onde fica a gravadora– são convidados a gravar uma ou duas canções no estúdio da Third Man. As capas sempre seguem o mesmo padrão, com os músicos em frente a um fundo azul.

Entre os nomes que já lançaram os singles azuis estão Insane Clown Posse, The 6, 6, 7, 8’s, First Aid Kit, Laura Marling, Wanda Jackson e o apresentador de TV Stephen Colbert (acompanhado das Black Belles).

Não conhecia o trabalho de Tom Brosseau antes de ouvir o projeto com Reilly. Fui atrás de músicas do cantor e gostei bastante. E ouvir Becky Stark foi uma grata surpresa, pois gosto muito do único álbum lançado pelo Lavender Diamond, “Imagine Our Love”, de 2007, mas não tinha mais notícias do grupo. Espero que voltem com algo novo em breve.

Veja abaixo clipes de Tom Brosseau e Lavender Diamond.


Keep Shelly in Athens faz trilha balearic para o verão em remix de faixa do Solar Bears
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Fernando Kaida

Uma das melhores faixas que ouvi nas últimas semanas é o remix da dupla grega Keep Shelly in Athens para “Cub”, do Solar Bears. A música está no mais recente EP dos gregos, “Campus Martius”, lançado pelo selo inglês Planet Mu.

A gravação original é contemplativa, apenas com guitarra, teclado e efeitos que dão uma sonoridade envelhecida à faixa. No remix balearic do Keep Shelly in Athens, ganhou batidas espaçadas, camadas de teclados e vocais femininos em um clima de trilha sonora para um verão à beira do mar.

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A versão original da música:


O EP traz ainda três faixas próprias da dupla, das quais se destacam o synth pop tranquilo “The Chains” e a eletrônica glitch de batidas arrastadas em “Struggle With Yourself”.

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One hit wonder no Brasil, Madness tem grandes clássicos do pop britânico
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Fernando Kaida

No Brasil, o Madness sempre foi mais conhecido pelo sucesso “Our House”, de 1982. O grupo, porém, é uma verdadeira instituição da música britânica com diversas canções de sucesso e fãs ardorosos.

Criado no bairro de Camden, em Londres, foi um dos principais grupos da onda inglesa que revisitou o ska jamaicano no final da década de 1970, que contava ainda com The Specials e The English Beat, entre outros.

Além do ska, cuja presença é mais forte nos dois primeiros discos, o grupo incorporou elementos de soul, rock e pop em canções que fizeram do Madness um dos nomes mais adorados na Inglaterra desde a década de 1980.

Se você é dos que só conhecem a banda por “Our House” ou não tem familiaridade alguma com o som do Madness, este é um bom momento para mudar isso. O selo inglês Salvo, especializado em relançamentos, colocou há alguns meses no mercado a caixa “A Guided Tour of Madness”, com três compilações e um DVD. São 70 faixas tiradas de toda a carreira dos ingleses mais o registro do show de retorno da banda, em 1992, que fazem da caixa uma ótima introdução. Mas é bem possível que depois das compilações você queira ir atrás dos álbuns completos.

E, se for para ouvir os discos de estúdio,  as melhores opções são os relançamentos de 2010, quando seis álbuns do grupo ganharam edições duplas com dezenas de faixas extras, com gravações ao vivo, versões alternativas, e os divertidos clipes do sexteto.

Meus álbuns favoritos são a estreia “One Step Beyond” (1979), pela energia das canções, e o quarto, “Madness Presents The Rise and Fall” (1982), que traz o grupo no auge criativo. É desse disco o hit “Our House”.

E os músicos seguem em atividade. Para 2012 o site oficial da banda divulga shows no México e no festival da Ilha de Wight, no Reino Unido. É uma das bandas que poderiam passar por aqui.

Coloco neste post uma série de clipes e algumas faixas bônus incluídas nos discos “One Step Beyond” e “Madness Presents The Rise and Fall”. Boa diversão!

 

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Mais de Madness na Rádio UOL.


Duas canções viciantes com Golden Grrrls
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Fernando Kaida

Para quem gosta de indie pop com um pouco de distorção, o trio Golden Grrrls é um bom nome para se acompanhar neste ano.

O lançamento mais recente da banda escocesa é o single com as canções “New Pop” e “The Red Sea”. A primeira é um noise pop acelerado com vocais masculino e feminino intercalados. Simples e viciante em menos de 2 minutos de duração. “The Red Sea” desacelera o ritmo, mas mantém as melodias grudentas e a sonoridade lo-fi.

O grupo tem mais um single e algumas faixas soltas lançadas apenas na web. Vale a pena ir atrás e esperar por mais novidades.

 

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O industrial pop japonês do Jesse Ruins
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Fernando Kaida

Feliz Ano Novo! Normalmente o começo do ano é fraco de lançamentos, então neste mês vou intercalar alguns discos do final do ano passado com coisas mais antigas que merecem ser ouvidas por mais pessoas.

O primeiro post de 2012 no Pop Link traz a dupla japonesa Jesse Ruins, cujo primeiro single foi lançado nos últimos dias de 2011 pelo selo Double Denim. A banda formada por Nobuyuki Sakuma e Nah faz em “A Bookshelf Sinks Into The Sand” uma mistura surpreendente de eletrônica industrial e pop. Batidas pesadas e dançantes que lembram nomes como Test Dept. ou Front 242 dividem espaço com  teclados melodiosos.

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Na outra faixa do single, “In Icarus”, a dupla se aprofunda no lado mais pop com uma espécie de funk etéreo por conta das batidas quebradas e vocal feminino que plana sobre a canção.

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A dupla assinou recentemente com o selo de Nova York Captured Tracks, por onde deve lançar um EP nas próximas semanas e o primeiro álbum ainda neste ano.