No improviso, Goitia Deitz revitaliza o krautrock em “Coma”
Fernando Kaida
Um par de DJs e produtores do Brooklyn com seus sintetizadores e baterias eletrônicas fazendo gravações no improviso. Parece chato?
O resultado é um dos melhores singles que ouvi no último mês, a estreia da dupla Goitia Deitz. E não só musicalmente.
O destaque aqui é “Coma”, eletrônica instrumental com os dois pés no krautrock alemão, de andamento repetitivo e cósmico, com espaço para as experimentações vindas da falta de planejamento prévio.
[uolmais type=”audio” ]http://mais.uol.com.br/view/12255541[/uolmais]
“Romance”, no lado B, começa com uma base mais tranquila, que puxa para o balearic e chill wave, e vai recebendo camadas de sintetizadores até tomar forma. É menos impactante que “Coma”, mas essa variedade de ritmos, no improviso, é algo que faz do Goitia Deitz original, com personalidade, e ainda acessível e pop.
Outro destaque do single é sua embalagem. Apenas um envelope metálico preto, sem qualquer palavra escrita por fora. Dentro, o disco em vinil e um encarte com a bela imagem que ilustra o post. Minimalista como a banda.