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Arquivo : novembro 2011

No improviso, Goitia Deitz revitaliza o krautrock em “Coma”
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Fernando Kaida

Um par de DJs e produtores do Brooklyn com seus sintetizadores e baterias eletrônicas fazendo gravações no improviso. Parece chato?

O resultado é um dos melhores singles que ouvi no último mês, a estreia da dupla Goitia Deitz. E não só musicalmente.

O destaque aqui é “Coma”, eletrônica instrumental com os dois pés no krautrock alemão, de andamento repetitivo e cósmico, com espaço para as experimentações vindas da falta de planejamento prévio.

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“Romance”, no lado B, começa com uma base mais tranquila, que puxa para o balearic e chill wave, e vai recebendo camadas de sintetizadores até tomar forma. É menos impactante que “Coma”, mas essa variedade de ritmos, no improviso, é algo que faz do Goitia Deitz original, com personalidade, e ainda acessível e pop.

Outro destaque do single é sua embalagem. Apenas um envelope metálico preto, sem qualquer palavra escrita por fora. Dentro, o disco em vinil e um encarte com a bela imagem que ilustra o post. Minimalista como a banda.

 


Phenomenal Handclap Band dá música nova; ouça remix inédito
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Fernando Kaida

A banda festeira de Nova York Phenomenal Handclap Band oferece de graça em seu site a música nova “Following”, que estará em “Form & Control”, o segundo disco do grupo, previsto para o começo de 2012. O site é esse aqui.

“Following” segue a mistura dançante de pop rock, funk, disco, electro e soul que o Phenomenal Handclap Band apresentou pela primeira vez em 2009, quando despontou com os singles  “15 to 20” e “You’ll Disappear”, presentes no álbum que leva o nome da banda.

O selo Tummy Touch, que vai lançar “Form & Control”, comemora 15 anos em 2011, e prepara uma compilação de remixes para celebrar. Uma das faixas do disco é a versão dub de “Following”, que você pode ouvir aqui.

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Veja abaixo o clipe de “15 to 20”


Dupla She & Him adianta as festividades com primeiro disco de canções natalinas
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Fernando Kaida

Gravações natalinas são uma tradição desde os primórdios do pop. Beatles, Elvis Presley, U2, Carpenters, Beach Boys e Bob Dylan são apenas alguns dos nomes que já gravaram canções ou discos completos dedicados às festividades.

Neste ano, a dupla She & Him, formada pela cantora e atriz Zooey Deschanel e o músico M. Ward, se adiantou e deu início à temporada de Natal indie com “A Very She & Him Christmas”, lançado no final de outubro. Pode parecer prematuro, mas se os panetones já estão nos mercados desde o final de setembro…

No repertório estão versões intimistas, nas quais predominam o violão de Ward, o vocal suave de Deschanel e alguma percussão, para clássicos norte-americanos, como “Have Yourself a Merry Little Christmas”, “Silver Bells” e “Blue Christmas”.

Sou fã de gravações de Natal. Uma das minhas músicas favoritas de todos os tempos é “Fairytale of New York”, gravada em 1987  pelos irlandeses do Pogues com a cantora Kirsty MacColl. A música sempre aparece em listas de “melhores canções natalinas” em revistas e sites britânicos. Todos os anos em que o Pop Link esteve na Rádio UOL, fiz uma edição natalina com novidades e clássicos misturados. Em dezembro, farei aqui no blog uma seleção nos mesmos moldes. Mande sua sugestão!

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Com guitarra e bateria, DZ Deathrays faz música para festejar e quebrar tudo
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Fernando Kaida

Dois moleques de Brisbaine, Austrália, são responsáveis por algumas das canções mais caóticas e pop ao mesmo tempo desde que o Death From Above 1979 despontou há alguns anos.

Com apenas bateria e guitarra com efeitos e distorções variadas, Shane Parsons e Simon Ridley condensam influências de rock de garagem, dance music, punk e metal com uma dose de improvisação. É música para tocar e perder o controle no auge da festa.

A dupla tem dois EPs lançados até agora na Austrália. O selo inglês Too Pure colocou agora nas lojas um single com as faixas “Gebbie Street” e “Rad Solar”, que já haviam saído no EP “Brutal Tapes”. O outro disco disponível é “Ruined my Life”, e todos são altamente recomendados.

Aí embaixo tem “Gebbie Street” e “Blue Blood” para ouvir. Logo depois, o clipe de “Rad Solar”.

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Still Corners e a psicodelia assombrada de “Creatures of an Hour”
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Fernando Kaida

Com a velocidade em que bandas novas aparecem atualmente, quando poucos meses se passam dos primeiros ensaios ao disco de estreia, o Still Corners já se destaca por sua trajetória .

A banda inglesa levou cerca de três anos para chegar a “Creatures of an Hour”, lançado agora pela Sub Pop. O tempo percorrido entre o EP independente “Remember Pepper”, de 2008, e o primeiro álbum serviu para o grupo se aprofundar nas influências e aprimorar suas canções que misturam a psicodelia sessentista com climas cinematográficos.

Nas dez faixas de “Creatures of an Hour”, o Still Corners criou uma trilha sonora para imagens pertencentes ao passado, como se embaçadas por uma névoa que permeia todo o disco. A cantora Tessa Murray soa como um fantasma sussurrando em seu ouvido, sem deixar claro de onde vem, e os teclados e reverberações da gravação completam o clima que é ao mesmo tempo envolvente e assombrado.

Canções como “Cuckoo”, “Endless Summer” e “I Wrote in Blood” são como o encontro do Broadcast com as composições de Ennio Morricone, cantoras francesas dos anos 60 –como Brigitte Fontaine– e os climas de “Twin Peaks”. Assustadoramente imperdível.

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Uma edição limitada de “Creatures of an Hour”, vendida na loja inglesa de discos Rough Trade, traz um disco extra compilado pelo integrante Greg Hughes. O disco traz faixas de artistas que servem de inspiração para a banda, como Breakout, Caribou, New Order e Laetitia Sadier, entre outros. Ouça a seleção no player abaixo.

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Clipe de “Cuckoo”


Não deixe o ano terminar sem conhecer Michael Kiwanuka
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Fernando Kaida

Quando lançou o EP “Tell Me A Tale (Isle Of Wight Sessions)” em meados do ano, o cantor inglês Michael Kiwanuka foi logo colocado no pacote da nova música soul.

O que até faz sentido, já que as três faixas do single são carregadas de influência soul nos arranjos, batidas e instrumentação.

Poucos meses depois, porém, veio o segundo EP, “I’m Getting Ready”. E o soul deu lugar ao folk em três baladas matadoras que mostram a versatilidade do cantor e compositor.

Soul, folk ou o que quer que venha por aí, o fato é com apenas esses dois EPs que somam seis músicas, Michael Kiwanuka é uma das revelações do ano, e já espero por seu álbum de estreia, “Home Again”, previsto para sair no final de fevereiro próximo.

Os dois singles de Kiwanuka foram lançados em versão digital e em vinil de 10” pelo selo inglês Communion, que tem entre os fundadores o músico Ben Lovett, do Mumford and Sons.

Ouça abaixo uma faixa do EP “I’m Getting Ready” e assista ao vídeo de “Tell me a Tale”

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