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Mikal Cronin faz pop rock ensolarado com os pés na garagem
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Fernando Kaida

O single novo do norte-americano Mikal Cronin traz diversão na medida para acompanhar os dias de calor.

“Tide” e “You Gotta Have Someone” são canções curtas que bebem no pop rock psicodélico melódico e ensolarado sem tirar os pés da sonoridade suja e garageira.

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O single é o primeiro material novo que Cronin solta desde o disco de estreia, lançado no ano passado e que felizmente conheci agora, após ouvir o single. Recomendo que façam o mesmo, pois é animação garantida.

 

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Irmãs do First Aid Kit crescem com “The Lion’s Roar”
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Fernando Kaida

Johanna e Klara Söderberg, que formam o First Aid Kit, são responsáveis por um dos primeiros grandes lançamentos que ouvi neste começo de ano, “The Lion’s Roar”.

Boa parte dessa culpa vem da canção “King of The World”, com as presenças do Felice Brothers e de Conor Oberst. É daquelas canções celebratórias para se ouvir e cantar junto por meses a fio.

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“The Lion’s Roar” é o segundo álbum de estúdio das irmãs suecas e mostra como a dupla evoluiu musicalmente desde os trabalhos gravados nos últimos três anos, que soavam mais ingênuos.

Agora, o First Aid Kit soa como uma banda completa, com mais instrumentos e canções elaboradas com belas melodias e harmonias pop, além das interpretações seguras e levemente melancólicas de Johanna e Klara.

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Folk, country, rock e indie pop se misturam nas dez canções, que passam por climas animados, psicodélicos e arrastados com a mesma intensidade.

Além de “King of The World”, entre minhas favoritas estão “I Found a Away”, “Emmylou” e a canção que dá nome ao disco.

Clipe de “The Lion’s Roar”

 

First Aid Kit toca “Tiger Mountain Peasant Song”, do Fleet Foxes.

 

Clipe de “Ghost Town”.


Batida revela Julio Iglesias infiltrado entre espiões e funk
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Fernando Kaida

Não é o tipo de artista que costuma aparecer por aqui, mas estou há dias com essa música na cabeça, desde que a ouvi no filme “O Espião Que Sabia Demais”.

Julio Iglesias cantando “La Mer, composição dos anos 1940 de Charles Trenet. A música faz parte do disco ao vivo no Olympia de Paris, lançado pelo espanhol em 1976, e tem batida funk, com teclados de churrascaria e sopros de soul. Bem parecida com produções da mesma época na música brasileira, especialmente da fase de influência black de Roberto Carlos.

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Tudo o que conheço de Iglesias se resume à imagem do cantor romântico meio canastrão sempre exibida por aqui na década de 1980, e jamais havia procurado qualquer música gravada por ele em anos anteriores. “La Mer” mudou isso. Aproveite Julio Iglesias e não deixe de ver “O Espião Que Sabia Demais”, cuja trilha instrumental concorre ao Oscar deste ano.

A música também é famosa na versão jazzística em inglês, a mais conhecida na voz de Bobby Darin, intitulada “Beyond The Sea”.


Ícone country e pop, Dolly Parton faz aniversário
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Fernando Kaida

Nesta quinta-feira completam-se 30 anos da morte de Elis Regina, e Nara Leão faria 70 anos. Mas o dia também é de outra grande cantora, que no Brasil, infelizmente, é conhecida apenas por sua imagem kitsch e exagerada, divulgada aqui por meio de filmes dos anos 1980, entre eles  “Como Eliminar Seu Chefe”. Dolly Parton, um dos principais nomes do country e pop norte-americanos nas últimas cinco décadas, faz 66 anos hoje.

Ouça discos de Dolly Parton na Rádio UOL.

Parton foi a primeira cantora e fazer a transição, na década de 1970, entre a música tradicional norte-americana e as paradas pop, e segue ativa ainda hoje como compositora, cantora e atriz. Lançou no ano passado o disco “Better Day” e, em 2012, volta ao cinema depois de quase 20 anos, com o filme “Joyful Noise”, ao lado de Queen Latifah.

Considero a cantora tão importante quanto outros nomes pioneiros do country que são mais cultuados hoje, como Johnny Cash, para citar um exemplo de artista que renovou o público no fim da carreira. Mas a figura extravagante de Dolly, com maquiagem carregada, cabelos loiríssimos, plásticas diversas, cintura fina e saias e vestidos curtos, faz com que boa parte do público a veja hoje como uma senhora bem-humorada e excêntrica, apenas. O que é uma pena, pois Parton é dona de uma obra valiosa que merece ser conhecida. Tanto que em 2011 recebeu um Grammy por sua contribuição à música.

A influência da cantora está nos mais diversos estilos da música pop, e mesmo o público brasileiro pode conhecer alguns de seus maiores sucessos, ainda que em versões de outros artistas. “Jolene”, uma de suas canções mais famosas, já foi gravada pelo grupo de rock gótico The Sisters of Mercy e pela dupla The White Stripes. E um dos maiores hits de Whitney Houston, “I Will Always Love You”, também é criação da norte-americana nascida em 1946, no Tennessee.

Dolly Parton começou a carreira ainda criança, e gravou o primeiro compacto aos 13 anos de idade. Desde cedo também compôs para outros artistas, o que lhe rendeu alguns de seus sucessos iniciais. Sua primeira gravação a entrar na parada country foi “Dumb Blonde”, que, apesar do título, mostrou nos anos seguintes que de burra não tinha nada.

No final da década de 60, passou a se apresentar regularmente no programa de TV do astro country Porter Wagoner, o que ajudou a popularizar a imagem e nome da cantora. Durante anos, os dois lançaram diversos singles e álbuns de sucesso.

O primeiro single solo a atingir o primeiro lugar na parada country foi “Joshua”, em 1971. A partir daí, Parton gravou diversos hits, como “Coat of Many Colours”, que fala sobre a infância pobre ao lado de 12 irmãos, e as já citadas “Jolene” e “I Will Always Love You”. Foi nos anos 70 que apareceu a transição para o pop e o sucesso de maior alcance, graças a singles como “Here You Come Again” e o flerte com a disco music em “Baby I’m Burning” e “I Wanna Fall in Love”.

Na década seguinte, Dolly Parton já era uma das cantoras mais populares dos Estados Unidos, com hits como “9 to 5” e o dueto com Kenny Rodgers em “Islands in The Stream” –canção composta pelos Bee Gees. Além disso, estrelou filmes de sucesso ao lado de atores famosos na época, como Burt Reynolds, Jane Fonda e Sylvester Stallone.

Apesar de todo o sucesso, nos anos 90 Dolly viu aumentar o desinteresse por parte do público jovem pelos artistas tradicionais do country, cujas paradas começavam a ser dominadas por nomes que modernizavam o estilo, mas a cantora continuou a gravar nos anos seguintes com graus variados de sucesso.  Nunca deixou suas raízes de lado, e, nos últimos tempos, voltou ao country pop, primeiro com o disco “Backwoods Barbie”, de 2008, e tem sido redescoberta por uma nova geração de ouvintes jovens, também por conta de sua participação no programa “Hannah Montana”, estrelado por sua afilhada Miley Cyrus.

Conheci a música de Dolly Parton nos anos 80, primeiro com o hit “9 to 5”. Depois, ao ouvir a versão do Sisters of Mercy para “Jolene” e descobrir que a original é da cantora, comecei a ir atrás de mais músicas, ainda que nada muito a sério. Foi só no começo da década passada que realmente passei a ouvir os discos lançados nos anos 60 e 70, quando comecei a pesquisar mais sobre o country norte-americano. Uma ótima maneira de entrar na vasta discografia da cantora é a caixa “Dolly”, que reúne material desde suas primeiras gravações até 2009, quando o pacote chegou às lojas.


Citizens! faz pop eletrônico produzido por cantor do Franz Ferdinand
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Fernando Kaida

Citizens! é um quinteto inglês que faz pop eletrônico dançante e se prepara para lançar o primeiro disco no começo deste ano. A primeira amostra do álbum é o single “True Romance”, lançado pela Kitsuné Records, selo francês especializado na nova geração do pop que mescla indie, rock e eletrônica voltada para as pistas.

Single e álbum foram produzidos por Alex Kapranos, cantor e guitarrista do Franz Ferdinand. A versão original de “True Romance” é ótima para aquecer uma festa, com os BPMs na medida certa para começar a dançar. O lado B do single em vinil traz um remix do projeto Populette, que dá um sabor mais festeiro ainda à faixa. Já a versão digital traz outros três remixes.

A Rádio UOL já tem o single “True Romance” para ser ouvido online. Clique aqui para ouvir.

Outra das faixas do primeiro disco é “Know Yourself”, de levada mais preguiçosa, entre o chillwave e o balearic. Ouça no player abaixo.

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One hit wonder no Brasil, Madness tem grandes clássicos do pop britânico
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Fernando Kaida

No Brasil, o Madness sempre foi mais conhecido pelo sucesso “Our House”, de 1982. O grupo, porém, é uma verdadeira instituição da música britânica com diversas canções de sucesso e fãs ardorosos.

Criado no bairro de Camden, em Londres, foi um dos principais grupos da onda inglesa que revisitou o ska jamaicano no final da década de 1970, que contava ainda com The Specials e The English Beat, entre outros.

Além do ska, cuja presença é mais forte nos dois primeiros discos, o grupo incorporou elementos de soul, rock e pop em canções que fizeram do Madness um dos nomes mais adorados na Inglaterra desde a década de 1980.

Se você é dos que só conhecem a banda por “Our House” ou não tem familiaridade alguma com o som do Madness, este é um bom momento para mudar isso. O selo inglês Salvo, especializado em relançamentos, colocou há alguns meses no mercado a caixa “A Guided Tour of Madness”, com três compilações e um DVD. São 70 faixas tiradas de toda a carreira dos ingleses mais o registro do show de retorno da banda, em 1992, que fazem da caixa uma ótima introdução. Mas é bem possível que depois das compilações você queira ir atrás dos álbuns completos.

E, se for para ouvir os discos de estúdio,  as melhores opções são os relançamentos de 2010, quando seis álbuns do grupo ganharam edições duplas com dezenas de faixas extras, com gravações ao vivo, versões alternativas, e os divertidos clipes do sexteto.

Meus álbuns favoritos são a estreia “One Step Beyond” (1979), pela energia das canções, e o quarto, “Madness Presents The Rise and Fall” (1982), que traz o grupo no auge criativo. É desse disco o hit “Our House”.

E os músicos seguem em atividade. Para 2012 o site oficial da banda divulga shows no México e no festival da Ilha de Wight, no Reino Unido. É uma das bandas que poderiam passar por aqui.

Coloco neste post uma série de clipes e algumas faixas bônus incluídas nos discos “One Step Beyond” e “Madness Presents The Rise and Fall”. Boa diversão!

 

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Mais de Madness na Rádio UOL.


O industrial pop japonês do Jesse Ruins
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Fernando Kaida

Feliz Ano Novo! Normalmente o começo do ano é fraco de lançamentos, então neste mês vou intercalar alguns discos do final do ano passado com coisas mais antigas que merecem ser ouvidas por mais pessoas.

O primeiro post de 2012 no Pop Link traz a dupla japonesa Jesse Ruins, cujo primeiro single foi lançado nos últimos dias de 2011 pelo selo Double Denim. A banda formada por Nobuyuki Sakuma e Nah faz em “A Bookshelf Sinks Into The Sand” uma mistura surpreendente de eletrônica industrial e pop. Batidas pesadas e dançantes que lembram nomes como Test Dept. ou Front 242 dividem espaço com  teclados melodiosos.

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Na outra faixa do single, “In Icarus”, a dupla se aprofunda no lado mais pop com uma espécie de funk etéreo por conta das batidas quebradas e vocal feminino que plana sobre a canção.

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A dupla assinou recentemente com o selo de Nova York Captured Tracks, por onde deve lançar um EP nas próximas semanas e o primeiro álbum ainda neste ano.


Pop épico de Kyla La Grange é uma das revelações do ano
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Fernando Kaida

Já faz um tempo que estou para falar sobre uma das boas revelações de 2011, a inglesa Kyla La Grange. Incluí o segundo single dela em um mix que publiquei aqui há alguns meses, mas vale um post dedicado à cantora.

Kyla La Grange lançou três singles ótimos neste ano, que deixam evidente a potência e intensidade dramática de sua voz. São canções com tendência para o pop épico com um pouco de folk e rock.

Minha canção favorita até agora é “Heavy Stone”, o terceiro single, lançado em outubro, talvez por me lembrar de Stevie Nicks. Os outros lançamentos da cantora formada em filosofia foram “Been Better”, em junho, e “Walk Through Walls”, de março. Ouça e aproveite enquanto o primeiro álbum não chega. Já é um dos discos que mais espero para 2012.

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Pop Link elege os 20 singles de 2011
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Fernando Kaida

Depois da lista com os melhores discos do ano, publicada na semana passada, o Pop Link elege os 20 singles de 2011.

Para a lista não ficar muito parecida com a de álbuns, selecionei canções lançadas apenas em singles (com poucas exceções, como o Widowspeak, cujo álbum não entrou na lista dos melhores por pouco).

As músicas abrangem lançamentos do ano todo e acho que representam bem a variedade de música interessante disponível em 2011. Do electro rockabilly de Willy Moon ao rock experimental do On Fell, a seleção tem pop eletrônico com soft rock (Lover Lover e Trophy Wife), pop cinematográfico (Lana Del Rey), folk e blues (Michael Kiwanuka e Jamie N Commons) e muito mais.

Boa parte desses artistas deve lançar o primeiro disco em 2012, então vale ficar de olho se você gostar de algo.

Ouça a seleção com os 20 singles de 2011 e veja a lista abaixo.

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Willy Moon – “I Wanna be Your Man”
Lover Lover – “Freebirds”
Lana del Rey – “Video Games”
Michael Kiwanuka – “I’m Getting Ready”
Widowspeak – “Gun Shy”
Trophy Wife – “The Quiet Earth”
Kindness – “Cyan”
Soft Moon – “Repetition”
Dirty Beaches – “No Fun”
Jamie N Commons – “The Preacher”
Outfit – “Two Islands”
Anr – “It’s Around You”
Doug Paisley – “No One But You”
Daniel Maloso – “Discoteca Cavernicola”
Fucked Up – “The Other Shoe”
Goitia Deitz – “Coma”
Stealing Sheep – “I am The Rain”
Still Corners – “Cuckoo”
Acid Glasses – “My Pale Garden”
On Fell – “Untitled”


Meninas do Woowoos unem pop vocal com herança do trip hop
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Fernando Kaida

Três garotas inglesas formam a banda pop Woowoos, que acaba de lançar o primeiro single, “Fizzy Letuce”, pelo cultuado selo indie Moshi Moshi Records.

A canção mistura o vocal pop das garotas com uma base eletrônica arrastada, de ramificações no trip hop dos anos 90 e do lado mais pop do dubstep atual. Algo como um Sugababes ou All Saints cantando com Tricky ou Massive Attack no começo de carreira.

[uolmais type=”audio” ]http://mais.uol.com.br/view/12382023[/uolmais]

 

A outra faixa do single é “Life For Me”, que vem com uma batida um pouco mais animada e menos nebulosa que o lado A. Até agora, o Woowoos mostra que faz o tipo de pop que gruda de primeira.

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O trio tem na formação a atriz inglesa Tasie Dhanraj, da série adoslecente “Mistério de Anubis”, do canal pago Nickelodeon, e atualmente trabalha no primeiro álbum, com lançamento previsto para 2012.